domingo, 30 de agosto de 2009

Joy Division | Closer


















Ontem eu fui comemorar meu aniversário. Pensei em fazer no saudoso Clube Piratininga - um lugar onde os dinossauros de São Paulo costumam balançar o esqueleto (literalmente) com outros dinossauros numa espécie de dança do acasalamento da terceira idade. Ou seja, o lugar perfeito para um jovem ancião bem-humorado, notívago e dançarino como eu. Não sei por que meu cérebro resolveu passar a perna em mim e me lembrar que ao lado ainda existia a Jive! Entrei no site e vi que sábado era noite de rock. Resolvi trocar o tcha-tcha-tcha de um bailinho animado por cerveja e muita guitarra com distorção. Até fiquei tocando um róque a tarde para me empolgar.

Chegando lá, a primeira coisa que constatei é que, realmente, eu estou ficando velho. Velho não, meia idade o que é pior. A segunda é que, o tempo passa, mas as músicas não mudam. A molecada continua ouvindo Sex Pistols, Guns & Roses, B-52's, Billy Idol, Duran Duran, The Cure, The Cult e toda aquela velharia que eu ouvia quando era mais novo do que eles.

Mas, o que isso tem a ver com Closer do Joy Division? Quando eu comecei a escrever tinha algum sentido que com certeza eu esqueci. Idade, né?

Toma que é bom.

Namastê

Ouça aqui.

sábado, 29 de agosto de 2009

Dr. John | Gris-Gris

















Essa semana eu vi a abertura da série True Blood na TV a cabo. A edição é bem legal, a trilha idem. Trilha assinada por um tal de Jace Everett (nunca ouvi falar mais gordo). Depois eu até tentei assistir um pouco, mas confesso que o tema não me hipnotizou. Ahn, ahn, sacaram? O fato relevante foi que me lembrei deste incrível álbum que vou compartilhar com vocês agora.

Há 40 anos o mundo conhecia o álbum branco dos Beatles, Electric Ladyland do Jimi Hendrix, Beggar's Banquet dos Rolling Stones, o primeiro dos Mutantes e por aí vai. E, no meio de todos estes chega o álbum de estreia do novato de Nova Orleans, Dr John que apesar de ser incrível, passou sem chamar muita atenção.

O álbum é fodástico. Começa com Gris-Gris Gumbo Ya-Ya e segue com intensidade até I Walked on Gilded Didimus. Durante todo o álbum você pode notar as percursões, congas e cantos que combinam gritos e sussurros - típicos dos rituais da região. Enfim, Dr John conseguiu combinar no mesmo caldo: rock psicodélico, vudu e R&B com um tiquinho de thyme, o carimbó deles.

Toma que esse gumbo é bom.

Namastê.

Ouça aqui.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

The Knives | Filthy Angel




O post do Plínio foi curto, mas exemplar. Josh Homme e Dave Grohl no mesmo parágrafo? Jesus me abana! Juro que lavaria as cuecas de ambos.

Underwear à parte, quando vi o disco do Queens of the Stone Age, indaguei-me: “Por onde andará o figura que tocava baixo pra eles?” O que foi demitido, sabe? Aquele cara, que usava/usa uma barbicha de bode, modelo “arranquei do saco e grudei no queixo”. O mesmo que curtia se apresentar nu e que o fez, inclusive, no último Rock'n'Rio no Rio.

Dei uma fuçada por aí e encontrei Filthy Angel, segundo álbum de uma das atuais bandas do fulano: The Knives. Em tempo, ele se chama Nick Olivieri.

A despeito de meus esforços, não encontrei muitas informações do supramencionado conjunto musical. Contentem-se com o MySpace.

Aos meus ouvidos, pareceu uma mistura de At the Drive-in, The Mars Volta, System of a Down e um tiquinho assim de carimbó. Enfim, não manjo muito desse tipo de som, sorry. Se fosse pra rotular, chamaria punk metal ou “thrash indie”, mas talvez eu seja apedrejada em praça pública.

Uma curiosidade pra finalizar: Mondo Generator é a outra banda de Olivieri, da qual Josh Homme também fazia parte.

Chupa essa manga, negada. Enjoy.

Peace.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Money Mark | Brand New by Tomorrow



Depois de Yo La Tengo, a fofura tomou conta de mim.

Acredito que Brand New by Tomorrow, de 2007, é o álbum mais mulherzinha que tenho, ou talvez esteja empatado com Curtains, do John Frusciante, não sei.

Aqueles que se atentarem às letras do presente disco notarão uma infindável lamentação, fruto do fim de um relacionamento do pobre músico. Apenas nas últimas canções, vislumbramos a esperança de um futuro menos doloroso.

Enfim, essa porra é de pisar na tanga. Pronto, falei. Mas é tão bonitinho! Além disso, para os ignorantes* de plantão, Money Mark é considerado o quarto Beastie Boy. Sabe o havaiano empolgado nos teclados durante as apresentações do trio de hip hop? Então, é o cara. Essa credencial é mais do que suficiente pra mim.

E como se não bastasse, o responsável pela mixagem e pós-produção de Brand New by Tomorrow é o competente (e brasileiro) Mario Caldato Jr., que tem em seu currículo nomes como os próprios Beastie Boys, Planet Hemp, Nação Zumbi, Super Furry Animals, Molotov, One Day as a Lion (Zack de la Rocha – Rage Agaisnt the Machine e Jon Theodore – The Mars Volta), Tone Loc, Manu Chao, Mundo Livre S/A etc. etc. etc.

Ouve e chora, negadinha. Enjoy.

Peace.

*É muito ofensivo chamar os leitores de ignorantes, Beto?

Queens Of The Stone Age | Songs For The Deaf




Songs For The Deaf
é o terceiro álbum de estúdio lançado pela banda Queens of the Stone Age em 2002, também é conhecido por incluir Dave Grohl como baterista convidado.

Pega aqui, porque o álbum é muito bom!

domingo, 23 de agosto de 2009

Jazz Liberatorz | Force be with you

















Mais um álbum foda do Jazz Liberatorz, um trio francês que faz um tributo à era dourada do hip-hop. Um som quente, cheio de elementos de jazz, grooves dos anos 70, samples e instrumentos ao vivo. Coisa fina!

Toma que é bom.

Namastê.

Ouça aqui.

sábado, 22 de agosto de 2009

AC/DC | Back in Black

















Dia desses eu fui de manhã na Galeria do Rock pegar as telas de umas camisetas que, no futuro não muito distante, vou colocar aqui para vocês. Fazia muito tempo que eu não ia até lá. Quando eu era moleque (na época pré-internet - para quem não sabe eu sou um jovem senhor de 30 e poucos anos) - a maioria das lojas vendiam LPs, CDs, cassetes de bandas alternativas e, claro, camisetas de bandas. Na maioria pretas, de artistas como Ozzy, Led Zeppelin, Motörhead, Red Hot e até umas do Bob Marley. Era um dos únicos lugares onde eu conseguia encontrar os álbuns que queria ouvir. O problema era o preço. Não era tão mais barato (mesmo que tenha uma loja chamada Baratos Afins lá).

Depois do MP3, do Napster, do Torrent e do fim da internet discada a minha surpresa não foi tão grande quando descobri que a maioria das lojas vende roupas e não mais CDs! Tudo bem, eles ainda estão lá, mas a maioria vende camisetas (de outras bandas), shapes, calças. e todo tipo de parafernália (inclusive uma loja vegan) para você ser um roqueiro dentro da moda! Aproveitei e comprei uma peita (como diria o Barba) do Back in Black - um sonho de quando eu era moleque que eu vivia procrastinando. Aproveitei antes de ir embora para bater um chesseburguer irado no Burger - legal!.

Lançado em 1980, o álbum é o sétimo do AC/DC e já vendeu mais de 40 milhões de cópias (o segundo mais vendido, atrás apenas de Thriller do Michael Jackson). No meio das gravações, o vocalista Bon Scott morreu e foi substituído pelo atual Brian Johnson. Durante a regravação eles incluíram os hits Hell's Bells e You Shook Me All Night Long.

Não é nada de novo, mas é um dos meus favoritos.

Toma que é bom.

Namastê.

Ouça.

Link retirado a pedido.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Simian Mobile Disco | Temporary Pleasure



Depois de pesos e pedradas, um toque “up to date” a este blog. Um pouco de frescor àqueles que gostam do embalo de uma pistinha.

Simian Mobile Disco é uma dupla oriunda da terra da rainha. Pra quem tem memória melhor que a do Beto, lembrar-se-á que eles foram uma das principais atrações do Skol Beats em 2007.

Temporary Pleasure é o terceiro álbum dos dois depois de trocentos EPs e remixes lançados. Caiu na rede no meio da semana passada. Antes de decidir comentá-lo, dei umas boas ouvidas pra saber se realmente gostava. E gostei bastante.

Acho que não é muito a cara do Plínio, mas paciência. Em uma próxima tento agradá-lo.

Enfim, as 10 faixas do disco são cheias de participações especiais: Beth Ditto, do Gossip; Alexis Taylor do Hot Chip; Gruff Rhys, do Super Furry Animals; Young Fathers etc. Ou seja, dê uma chance e ouça.

É o que sempre digo: relacionamento é tudo, negada. Enjoy.

Peace.

domingo, 16 de agosto de 2009

Bad Brains | Bad Brains


















Fundada por Dr. Know em 77, o (The) Bad Brains foi uma das bandas mais fodas e pioneiras da época e até hoje ainda é um mito dentro do movimento punk. Apesar do som, a banda toda se converteu ao rastafarianismo e tem uma forte influência de reggae nas suas músicas.

O álbum homônimo de estreia deles saiu em 82 e causou. Ele influenciou uma série de bandas como Red Hot Chili Peppers, Living Colours e Beastie Boys, por exemplo. Pedrada!

Toma que é bom.

Namastê.

Ouça aqui.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Beastie Boys | Some Old Bullshit



Não é segredo pra ninguém. Pra mim, é Beastie Boys na terra e porra nenhuma no céu.

Some Old Bullshit é uma coletânea dos primeiros EPs do trio novaiorquino, coisas gravadas no comecinho da década de 80 quando eram apenas meninos.

Aviso: quem está acostumado com os 3 MCs mandando ver nas rimas, pode estranhar um pouco esse álbum.

Antes dos branquelos tornarem-se os fodões do hip hop, era da cena hardcore de NY que eles faziam parte. Ainda com espinhas na cara, os Beastie Boys eram um cruzamento de Minor Threat com alguns toques de Bad Brains.

Prepare os ouvidos pra barulheira e pra tiração de sarro, negada. Enjoy.

Peace.

Jazz Samba | Stan Getz e Charlie Byrd


















A
Bossa Nova, apresenta uma série de cinco aclamados álbuns lançados entre 1962 e 1965 pelo saxofonista americano Stan Getz em parceria com diversos músicos ligados à Bossa, entre eles o guitarrista Charlie Byrd que conhecera João Gilberto e Tom Jobim, e assim registram alguns de seus momentos de maior popularidade e refinamento musical.

Além da marca estilística que consagrou Getz entre os expoentes mais notáveis da Bossa Nova, a série ainda assinala uma estética onde todas as capas dos LPs são ilustradas com pinturas abstrato-expressionistas da artista plástica porto-riquenha Olga Albizu.

Pega aqui! Garanto que não vai se arrepender.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

M83 | A Guitar and a Heart [single]

















Formado por António Gonzalez e Nicolas Fromageau, O M83 foi formado na França e abusa dos reverbs nas guitarras com melodias simples e bem trabalhadas.

Eu só conheço esse single de 2004 deles, mas toma que é bom.

Namastê.

Ouça aqui.

domingo, 9 de agosto de 2009

The Who | Live at the Wight Isle Festival (Disco 2)

















Tem coisas que eu coloco aqui só para satisfazer meu ego. The Who é uma delas. Uma das minhas bandas favoritas desde que tinha meus 14 anos, cabelo comprido e algumas espinhas na cara. Cara, eu sempre quis fazer um solo igual ao do Pete Townshed - nunca consegui, óbvio.

Live at the Isle of Wight Festival 1970 é um álbum ao vivo gravado no Festival da Ilha de Wight em 1970. Informação de boteco: essa edição foi uma das maiores concentrações de seres humanos do mundo.

Toma que é bom.

Namastê.

Ouça aqui.

Wilco | Wilco (The Album)

















Sétimo álbum de estúdio do Wilco, uma banda bem legal lá de Chicago - e você que pensava que só saiam bandas de blues, Al Capone e drogas para o Canadá de lá!

Inteligente, experimental, irônico e tenso, mas se você está a fim de algo mais animado, esqueça. O álbum é cheio de músicas bucólicas, pacatas e até meio chá-com-pão. Mas, tem várias sonzeiras: You Never Know, Bull Black Nova e You and I (em parceria com a Feist).

Baixe sem dó, já que é um costume os caras colocarem os álbuns para download - desde quando eles tinham um disco pronto e a ex-gravadora deu um pé neles.

Ouça Bull Black Nova - é foda demais.

Toma que é bom.

Namastê.

Ouça aqui.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

N*E*R*D | Seeing Sounds



Prometo que essa é rapidinha, Beto.

N*E*R*D é uma banda formada por Pharrell Williams, Chad Hugo e Shay Haley. Os dois primeiros formam o duo de produtores The Neptunes, que depois de um tempo trabalhando pros outros – Justin Timberlake, Busta Rymes, Britney Spears, Snoop Dogg etc. – resolveram fazer um som próprio.

Seeing Sounds, de 2008, é o terceiro álbum do trio. Puta sonzeira: batidão, r&b, rock e hip hop. Pesado e, pra quem prestar atenção nas letras, muito divertido.

Pra negadinha curiosa, N*E*R*D quer dizer “No one Ever Really Dies”.

Enjoy.

Peace.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Les Baxter | Hell's Belles Soundtrack


















A procrastinação é uma das minhas maiores virtudes, mas eu preciso deixá-la de lado antes que a os colaboradores acabem dominando o pedaço.

Não sei por que me lembrei desse filme. Hell's Belles é um filme fudidaço de 1970 dirigido por Maury Dexter. A trilha assinada por Les Baxter é muito louca cheia de altos grooves.

Toma que é bom.

Namastê.

Ouça aqui.

Gossip | Music for Men


O Beto tá muito devagar. Então aqui vou eu outra vez, mas agora com 3,1 kg a menos.

Semana passada participei de uma maratona. A “Maratona do Emagrecimento”. Trata-se de uma competição promovida por colegas de trabalho descontentes com o que o espelho lhes mostra.

Foram 5 dias de muita privação e rúcula. No fim das contas, a mim coube o segundo lugar, mas por uma magra diferença de 400 g.

Pra comemorar a prata, acho justo compartilhar com vocês o álbum mais recente do Gossip, banda da lésbica e gorda assumida Beth Ditto.

Music for Men é diversão garantida. Segue a mesma receita dos discos anteriores: musiquinhas perfeitas pra requebrar o esqueleto. Bateria com cara de programada, baixo fazendo a marcação, guitarra em destaque, alguns barulhinhos e vocal de peso (hoho).

O produtor do álbum também ajuda: Rick Rubin (Beastie Boys, Red Hot Chili Peppers, Metallica), que deixou as faixas bem limpas e resolvidas. Soluções bem pop, default pra quem costuma dar seu toque de Midas em tudo o que faz.

A título de curiosidade, a “moça” da capa é a baterista da banda, Hanna Bilie.

Está longe de ser a salvação do rock. Mas é divertido. Enjoy.

Peace.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Arctic Monkeys | Humbug



Mais uma vez, aqui é da Vila Auricchio.

Depois de um clássico, uma novidade recém vazada. Lembra do Arctic Monkeys, aquela bandinha de Sheffield que, há alguns poucos anos, estourou no MySpace? Aquela lá, do vocalista feiozinho que fez até música pra reclamar que não pega ninguém? Pois é. Humbug é seu terceiro álbum.

Confesso que já estava com preguiça desses grupinhos de jovens-descolados-não preciso de ninguém-muito menos gravadoras. Contudo, uma informação valiosíssima me fez mudar de ideia. O disco dos moleques foi produzido pelo semideus Josh Homme, o homem à frente do Queens of the Stone Age. Só isso dispensa qualquer comentário.

Então, negadinha, chupa essa manga. Enjoy.

Peace.