quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Rubin Steiner | Wunderbar Drei

















O último post da Lili me fez pensar em algumas coisas sobre o porque tive vontade de montar o Fubeca. Nunca achei justo eu ouvir um monte de bandas e artistas novos e não ter com quem compartilhar.

Mas, fazer um blog de música para as pessoas experimentarem, conhecerem coisas novas (e outras não tão novas assim) parece fácil, mas não é. Não é um projeto de foguete, mas tem suas complicações. Em primeiro lugar a gente não ganha nada com isso. Nada mesmo. Nem o bagulho do Google para fazer dinheiro com propaganda a gente colocou. Propaganda não dá dinheiro. Daí você me diz que o reconhecimento vale a pena. E eu retruco: um ou outro visitante que passa deixa um comentário ou agradecimento, mas como alguns são de outros países, eu duvido que saibam sequer o que está escrito nas linhas. Sendo justo, para o reconhecimento não ficar no zero alguns amigos elogiam pessoalmente.

Em segundo e muito mais importante do que o primeiro é a perseguição da DMCA e de outros órgãos (peguem no meu) de fiscalização ao compartilhamento paralelo e genérico de arquivos (eu tucanei o nome correto de propósito). Esse tipo de empresa que defende um formato arcaico de negócios é o mesmo que não entende que a maioria das pessoas nunca mais vai comprar um CD do Stevie Ray Vaughan ou de outro artista que mal conhece por 90 pilas.

Na real, a maioria das pessoas nunca mais vai comprar um CD, mas a maioria das pessoas que gosta e entende de música não vai deixar de comprar um CD do Howlin' Wolf com qualidade superior ao MP3 ou pagar por um DVD triplo do The Who. Ou até mesmo um ingresso para ver o show do PUTS - uma parada que eles nunca ouviram falar antes, mas baixaram o som e gostaram.

Sabe o que esse tipo de empresa faz? Se associa ao Google para tirar postagens do ar sem direito de resposta e sem aviso. E dá dor de cabeça, sabiam?

A única coisa que alivia essa dor é uma frase que eu li lá no NoData:
For the major labels, it's over. It's fucking over. You're going to burn to the fucking ground, and we're all going to dance around the fire.

Ou em bom português:
Para as grandes gravadoras, acabou.
Esta porra acabou. Vocês vão queimar até a porra do chão e todos nós vamos dançar ao redor do fogo.


Fiquem agora com Rubin Steiner, pseudônimo do francês Frédérick Landier que é conhecido por seu experimentalismo com música eletrônica e outros estilos musicais. Presente que a grande Lelê me deu em 2003.

Toma que é bom.

Ouça aqui.

1 pitacos:

Auricchio disse...

Palavrório bonito, hein, Beto!
E é um prazer estar aqui ao seu lado.